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Com evento na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) no dia 15 de abril, a Fundação Kunito Miyasaka anuncia a criação do Parque Imigrantes, em parceria com a EcoVias e participação da Cidade do Conhecimento no desenvolvimento de conteúdos pedagógicos digitais.

Situado às margens da Rodovia dos Imigrantes, em São Bernardo, o Parque Imigrantes cria o primeiro projeto de longo prazo depois da celebração dos 100 anos da imigração japonesa no Brasil. “Será uma referência no turismo ecológico e na educação ambiental, com investimentos previstos de R$ 12,87 milhões na construção do Parque, cujo lema é “Parque Imigrantes – Coração da Mata Atlântica”.

Numa área de 484 mil m² às margens da rodovia dos Imigrantes, as obras serão concluídas em 18 meses, com um mínimo de construções, autosustentável e destinado para a prática da educação ambiental, com 100% de acessibilidade para deficientes.

A principal estrutura será uma ponte que cortará, praticamente, toda a área do parque. A partir dessa edificação, será possível ter acesso às trilhas e mirantes do parque. Na parte inferior da ponte transitará um ‘bondinho’ para uso de idosos e pessoas com dificuldade de locomoção.

O piso da travessia será intercalado de estruturas transparentes, para que o visitante possa observar a mata. O material usado na construção também será ecologicamente correto, como madeiras de reflorestamento. O acesso às trilhas será feito por meio de elevadores, que dispensam energia elétrica por serem movidos por um sistema de pêndulos.

A entrada do parque será na altura do km 36,5 da Imigrantes, sentido Litoral. Nesse ponto já existem restaurantes e um posto de gasolina instalados, que serão utilizados como praça de alimentação do parque.

Além da educação ambiental, o projeto promete criar oportunidades de emprego e inclusão social. Os funcionários do parque serão exclusivamente moradores do entorno.

A Cidade do Conhecimento é responsável pela curadoria de conteúdo digital do projeto, que integra o programa Gestão de Mídias Audiovisuais para o Desenvolvimento Local (GeMA). Entre as células do Parque, haverá uma estação de imersão em EcoVivências Digitais desenhadas e incubadas como parte da Cidade do Conhecimento.

Visite o portal do Parque Imigrantes – Coração da Mata Atlântica.

Leia a seguir reportagem publicada pela Folha d  S. Paulo (16/02/2009, Caderno Cotidiano):

SP vai ganhar parque voltado ao arborismo e à admiração da natureza

DA REPORTAGEM LOCAL

O projeto de um novo parque privado, dedicado ao arborismo e à admiração da natureza em uma reserva de mata atlântica, às margens da represa Billings, foi lançado ontem. O parque será instalado em uma área de 484 mil metros quadrados -cerca de um terço da área do Ibirapuera- no quilômetro 34,7 da rodovia dos Imigrantes, em São Bernardo do Campo. Deve ser concluído em 18 meses.

Novidade em São Paulo, o parque Imigrantes terá passeios suspensos entre as copas das árvores, feitos por uma passarela pênsil de madeira e de vidro temperado. Nos 4.500 m2 de área construída haverá ainda anfiteatro, biblioteca e centro de estudos. O projeto, bancado pela Fundação Kunito Miyasaka, custará cerca de R$ 13 milhões.

O parque, que fica no sentido São Paulo-Santos, não será uma área de lazer aberta à população como o do Carmo (zona leste), que também tem reserva de mata ciliar e brejo.

A visitação no parque só poderá ser feita com hora marcada. Haverá um limite de 300 visitas, que serão gratuitas, por dia. Na prática, vai funcionar como um horto florestal. Dois teleféricos com 270 metros de extensão e capacidade para oito passageiros vão fazer a travessia no parque.

O único contato dos frequentadores com o chão será por duas trilhas -uma de 150 metros e outra de 1,5 km, cujo trajeto foi estudado para causar o menor impacto ao ambiente – a área é uma ligação entre o parque da Serra do Mar e a represa Billings. Na região há tatus, macacos, veados, gambás e cutias.
“O parque fica no coração da mata atlântica. A ideia é que ele sirva de orientação às escolas e que as pessoas tenham a oportunidade de conhecer a natureza nativa da região. O impacto da construção é muito baixo e praticamente não vai interferir no ambiente”, diz Antonio Rosa Neto, presidente da Fundação Kunito Miyasaka, mantenedora do novo parque.
Como fica numa rodovia de acesso difícil por transporte coletivo, o parque diz planejar o traslado escolar, mas não haverá linhas regulares das cidades próximas até o local.

Veja a entrevista com o Curador de Conteúdo Digital do Parque Imigrantes, Gilson Schwartz, líder do grupo de pesquisa Cidade do Conhecimento.