O debate “A influência das mídias sociais nas publicações”, ocorrida na terça-feira à tarde, no Palco Blog, reuniu representantes de grandes portais tais como Silvia Bassi (IDG), Sandra Carvalho (Editora Abril), Marco Chiaretti (Grupo Estado), Marcelo Gomes (Meio & Mensagem).
O debate buscou identificar a real participação das redes sociais nos grandes veículos de comunicação e responder à grande questão: será que as mídias sociais têm força suficiente para ser objeto permanente da pauta das grandes corporações?

Para Gomes as redes sociais são excelentes instrumentos de socialização da informação. Chiaretti ressalta que as redes sociais quebraram a pretensão que os jornalistas tinham de acharem que eram lidos por milhões de pessoas na imprensa escrita. “As redes sociais mostram que isso não é verdadeiro, uma vez que os sites e blogs são acessados centenas de vezes mais do que se lê um jornal impresso.” Também afirma que o jornalista da era virtual tem que dar link em suas matérias para a sua concorrência e ainda entender de marketing para conseguir ter mais intimidade com o seu leitor.

Silvia explica que a web mudou o papel do jornalista que hoje deve não só se preocupar em escrever como também em organizar os links para os seus leitores como forma de fidelizar esse público. E ressalta: “É preciso checar a veracidade dos links sugeridos e organizados.”

Gomes acha que quanto mais ferramentas como RSS, twitter, emails, delicious, entre outras, melhor para o internauta navegar no site. Já Silvia discorda de Gomes sobre as ferramentas de interatividade e coalizão. Segundo ela essas ferramentas funcionam bem, mas isso não quer dizer que aumentam a audiência do site, apenas intensificam a relação entre o jornalista e o seus leitores. “O que faz a diferença é o RSS e o Fórum. No geral todas as ferramentas funcionam bem, mas a maioria tem uma existência parasitária.”

Silvia relata também que no processo de reformulação das redações  para um modo mais ágil e rápido de passar a informação é preciso escrever o português correto, e buscar traduzir bem o que ouve e lê para depois reproduzir. Também não deixar de checar bem as informações. “Os jornalistas têm que exercer a mesma prática que se faz no jornal impresso. Temos ainda que passar por uma bolha ética, mas esse é o caminho. Há ainda um risco muito grande de mídia informal.”

Izabel Leão – Grupo Nós