Teoria do Valor A teoria do valor, fundamento da ciência econômica, sofreria a tal ponto o impacto das novas tecnologias de informação e comunicação digitais que o próprio objeto da ciência muda de estatuto, surge um novo paradigma. Nessa economia da informação, os mercados funcionam como sistemas de ícones, vivenciados como experiências próprias à sociedade do espetáculo mas também como novas inteligências amplificadas digital e audiovisualmente. Tempo e espaço se organizam nos indivíduos e redes através de novos modelos de recepção que já não revelam comportamentos de um “homo oeconomicus”, a exigir uma antropologia do novo “homo iconomicus”. A teoria do valor do ícone exige uma combinação entre modelos da economia política e hipóteses sobre o modo de articulação entre linguagens, corpos e mercados no capitalismo contemporâneo ou pós-Pós-Fordista. A criação de ícones é relevante tanto na política monetária quanto na indústria do cinema. […]

A palavra "teoria" já vem do verbo grego para "ver". Ver os conceitos e verificar conceitos são atividades integradas em projetos de pesquisa-ação. Max Weber recorria ao "tipo ideal" para nos levar a ver as realidades sociais, econômicas e políticas. Luc Boltanski e Eve Chiapello, no livro "Le Nouvel Esprit du Capitalisme", de 1999, trabalham [...]